Durante um evento realizado no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) fez críticas contundentes às recentes medidas fiscais anunciadas pelo governo federal. Conhecido por sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Paes destacou preocupações sobre o impacto das políticas econômicas na saúde financeira de estados e municípios.
"Deterioração Fiscal Desde o Governo Dilma"
Em sua fala, Eduardo Paes atribuiu parte da deterioração fiscal do Brasil às isenções fiscais e tributárias implementadas no governo de Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, essas medidas, embora populares à época, contribuíram para enfraquecer a base de arrecadação do país.
Um dos principais pontos de discordância apresentados pelo prefeito foi a ampliação do teto de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000, anunciada recentemente pelo governo Lula. Paes alertou que essa mudança pode comprometer significativamente as receitas de estados e municípios, que dependem de repasses da União.
"A medida parece benéfica à primeira vista, mas pode gerar graves consequências para a sustentabilidade financeira das administrações locais, que já enfrentam dificuldades para equilibrar seus orçamentos", afirmou.
Eduardo Paes ressaltou que os efeitos das medidas fiscais não podem ser subestimados, sobretudo em um momento em que os municípios lidam com demandas crescentes por investimentos em saúde, educação e infraestrutura. Ele defendeu a necessidade de um diálogo mais amplo entre os entes federativos antes de implementar mudanças que afetem diretamente a arrecadação.
Embora crítico, Paes reforçou sua aliança com o governo federal, mas deixou claro que sua prioridade é proteger os interesses do Rio de Janeiro e dos municípios brasileiros. O posicionamento evidencia a tensão crescente entre lideranças regionais e a União em torno da reforma fiscal e tributária, temas que seguem no centro das discussões políticas e econômicas do país.
O discurso do prefeito reforça a complexidade do desafio fiscal brasileiro e a necessidade de buscar soluções que equilibrem justiça social e responsabilidade orçamentária.
VEJA MAIS:
