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Forças Armadas da Venezuela condenam declaração de opositor sobre presidência

 

Forças Armadas da Venezuela condenam declaração de opositor sobre presidência


A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) da Venezuela condenou nesta segunda-feira (06) o apelo do opositor Edmundo González Urrutia para ser reconhecido como presidente do país. Em um comunicado oficial, o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, classificou a declaração como um ato de "política desprezível".

“Rejeitamos categoricamente e com absoluta veemência este ato palhaço e bufão de política desprezível”, afirmou Padrino no documento, que reforça o apoio das Forças Armadas ao atual governo.

A declaração ocorre em meio às denúncias da oposição venezuelana sobre uma suposta fraude eleitoral que garantiu a reeleição de Nicolás Maduro como presidente para o período de 2025 a 2031. Maduro, que assumirá seu terceiro mandato consecutivo na sexta-feira (10), se prepara para completar 18 anos no poder.

Em um pronunciamento televisionado, o general Vladimir Padrino reafirmou o que chamou de “compromisso irrestrito com a democracia venezuelana”, destacando o reconhecimento das Forças Armadas a Maduro como presidente reeleito. Ele também declarou “lealdade, obediência e subordinação” à liderança de Maduro.

O comunicado ressalta o papel das Forças Armadas na defesa do governo de Maduro, que enfrenta pressões internas e externas desde que assumiu o poder pela primeira vez, em 2013. A oposição, além de questionar a legitimidade do processo eleitoral, acusa o governo de Maduro de repressão e violações dos direitos humanos.

A crise política na Venezuela tem gerado tensões crescentes, com a comunidade internacional dividida quanto ao reconhecimento de Maduro como presidente. Enquanto aliados como a Rússia e a China apoiam o governo, países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, frequentemente criticam o regime, impondo sanções econômicas e diplomáticas.

A declaração de Edmundo González Urrutia como presidente interino é vista como mais um capítulo na disputa entre governo e oposição pela legitimação política no país. Apesar da forte retórica das Forças Armadas, analistas apontam que a instabilidade política e econômica pode continuar a desafiar a governabilidade de Maduro em seu próximo mandato.

A posse oficial de Maduro está marcada para sexta-feira (10), em um momento em que a Venezuela enfrenta grave crise econômica e humanitária, com milhões de cidadãos emigrando para outros países da região em busca de melhores condições de vida.

Jornalista , Lucas Souza

Sou jornalista e criador de conteúdo digital. Comprometo-me sempre a levar matérias sem fake news, garantindo que a informação fornecida seja sempre válida e de qualidade.

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